_MEMÓRIAS DE UMA CAIPIRA_

_MEMÓRIAS DE UMA CAIPIRA_

Este espaço virtual, criado em 2008, é fruto de minhas andanças e incursões pelo ofício etnográfico na Ilha de Cananéia, no Vale do Ribeira, Estado de São Paulo, onde pretendo deixar minhas impressões como caminhante, ou tal como diria Helena P. Blavatsky, Lanu.

E no cais se fez história...

E no cais se fez história...
Das memórias imemoráveis dos moradores mais antigos, perpassando por suas bocas seus "causos", saberes e sabores desta ilha, esta caipira mantêm os olhos abertos e a mente relativizadora para fazer-se instrumento de captura dessas histórias de degredados, índias, sereias e sacis que cruzam esta Mata Atlântica e este estuário. Seja bem-vindo a este espaço onde os mitos e lendas que compõem a oralidade caiçara criam e recriam com seus "causos" que se espalharam para além mar. Prepare-se para encontrar tesouros perdidos, passagens secretas, pois a viagem ao imaginário do ilhéu acabou de começar... _Créditos Fotográficos Bianca Lanu_

4 de agosto de 2010

Ingoma, o Menino e o Tambor - a tradição do Batuque de Umbigada


Autor: Lucas Puntel Carrasco

Gênero e público-alvo: Ficção infantojuvenil

Assunto: Cultura caipira e afrobrasileira, modos de vida, cotidiano de menino do interior

Temas transversais: Diversidade cultural, ética e cidadania

Relevância: Lei federal n° 10.639, sobre ensino de história e cultura afrobrasileira e africana


Indicação de leitura do parceiro Lucas que já escreveu a pedido o Soneto Caniné, publicado no livro Histórias e Lendas Caiçaras de Cananéia, organizado por mim com apoio do Programa de Ação Cultural (ProAC), da Secretaria de Estado da Cultura, de São Paulo e postado aqui no Blog Memórias de uma Caipira, e que também já contribuiu conosco cedendo o Soneto Azul-Marinho e o Soneto do Divino, originais de Pindá, a menina do mar e publicados posteriormente na etnografia Reza a Lenda: a cultura caiçara de Cananéia vivenciada no bairro rural de Santa Maria, escrita por mim também com apoio do ProAC, em 2008.


Confira a sinopse de

Ingoma, o Menino e o Tambor - a tradição do Batuque de Umbigada


Olhar para trás com orgulho e respeito. É esta a mensagem que crianças e jovens pelo interior de São Paulo são estimuladas a ler nas páginas de Ingoma, o Menino e o Tambor. A obra foi inspirada na convivência com o mestre de Batuque Vanderlei Bastos, de Piracicaba/SP, como também na vivência do autor, Lucas Puntel Carrasco, que caipira de Rio Claro/SP e afrodescendente cresceu vaquejando em sua infância naquele município.

De um jeito simples, Ingoma apresenta o menino Dito, que vive em uma comunidade negra na periferia de Piracicaba. Ele descobre a tradição do Batuque de Umbigada, ou Tambu, sempre cultivado no quintal por sua avó e por velhos mestres dos sítios da vizinhança e cidades como Tietê e Capivari – cuja comunidade quilombola, certificada pela Fundação Palmares em março de 2007, traz consigo um legado de resistência, organização e, sobretudo, conquista ao direito da terra.

Com prefácio de Zé Hamilton Ribeiro, editor-chefe do Globo Rural, e contra-capa assinada pelo sambista Nei Lopes, agraciado com a Ordem do Mérito Cultural e autor do Dicionário Banto do Brasil e Enciclopédia da Diáspora Africana, o romance prioriza culturas em vias de extinção – caipira e quilombola – além de ser conduzido por proponente de relevância na área (escritor afrodescendente de origem caipira premiado no PAC 2006, da Secretaria de Estado da Cultura, de São Paulo pelo livro infantojuvenil Pindá, a menina do mar: sonetos para uma infância caiçara.

Considerando que a lei federal nº 10.639, de janeiro de 2003, torna obrigatório o ensino de história e cultura afrobrasileira; que, em seu esteio, inúmeros cursos vêm sendo oferecidos para formar educadores capacitados no assunto; que, a exemplo do município mineiro Carmo do Rio Claro, o projeto “Vida Rural” oficializou na grade curricular o caipirês, matéria sobre linguagem, crendices, música e medicina popular caipira; nesse sentido o livro Ingoma, tanto no conteúdo do miolo como em seu suplemento pedagógico, resgata e valoriza os costumes e as tradições caipira e afrobrasileira; ou melhor, “afrocaipira”. Com isso, transmite esse fundamento para crianças e jovens dos ensinos fundamental e médio, promovendo, assim, sua continuidade.


Sobre o autor

Lucas Puntel Carrasco nasceu no Natal de 1979 em Rio Claro/SP. Trabalha em São Paulo com revisão de texto e assessoria editorial. Publicou Pindá, a menina do mar – sonetos para uma infância caiçara, que em 2007 lhe rendeu o prêmio PAC.

Editor e pesquisador do songbook PretoBrás, o livro de canções e histórias de Itamar Assumpção, o autor também publicou na revista Cronopinhos o conto ecológico Dulenega – um gosto de fábulas no mar de gatos, sobre lendas dos índios caribenhos kuna-yala.

Contato: lucaspuntelcarrasco@gmail.com

Comentários sobre a obra



“Ingoma, o menino e o tambor é um documento da dignidade e do respeito que existe na umbigada. Este livro é uma referência cultural e um momento de prazer para todos nós.”

José Hamilton Ribeiro (Editor do Globo Rural, prêmio Brasileiro Imortal e autor de Música caipira: as 270 maiores modas de todos os tempos)


“Ingoma, o menino e o tambor é excelente fonte de informações sobre o universo que focaliza. Por sua linguagem e abordagem, é obra de valor literário indiscutível. E por seu conteúdo tem função social relevante, de valorização da cultura afrobrasileira, na importância educacional e motivação de uma positiva autoestima nos leitores afrodescendentes.”

Nei Lopes (Ordem do Mérito Cultural e autor da Enciclopédia brasileira da diáspora africana)


Ficha técnica

Título: Ingoma, o menino e o tambor – a tradição do batuque de umbigada

Autor: Lucas Puntel Carrasco

Ilustrações: Daniel Ribeiro e José Agustin Carrasco Mandeville

20 páginas

Formato: 16 x 23 cm

Editora: Puntel Editorial

Ano de publicação: 2010

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